Custo de produção e rentabilidade da Seringueira

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  • 24/08/2015 14h20
  • São Paulo

 

A credibilidade das metodologias do IEA permite a confiabilidade de suas análises


A Câmara Técnica da Borracha Natural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, órgão que congrega os diversos componentes da cadeia produtiva, reuniu-se na quarta-feira, (12/08), nas dependências da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Jaboticabal. A pesquisadora Marli Dias Mascarenhas Oliveira, diretora do Instituto de Economia Agrícola (IEA), um dos seis institutos de pesquisa da Pasta, apresentou palestra: “Custo de produção e rentabilidade da Seringueira no Estado de São Paulo”. 

O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional de borracha natural, mas está enfrentando um ciclo de preços descendentes que iniciou em 2012 e ainda persiste. Esse comportamento é consequência de vários fatores, entre os quais a crise imobiliária dos EUA, que contaminou a economia de vários países europeus; a diminuição das compras de borracha realizadas pela China, resultando em aumento dos estoques mundiais; e a pressão baixista derivada do aumento da produção na Tailândia. O mercado interno, por sua vez, também apresentou condições desfavoráveis. Em 2014, a economia brasileira teve um baixo desempenho, o qual, segundo analistas, deve se repetir em 2015. Essas condições para a economia nacional afetam diretamente a cadeia da seringueira em São Paulo, que representa 56,5% da produção total brasileira. 

Resultado do trabalho desenvolvido pela Comissão Especial para Estudo de Custos e Preços Reais de Borracha Natural da Câmara, a palestra foi realizada em atendimento a uma demanda do setor encaminhada através da referida câmara para subsidiar as discussões e encaminhamentos. 

De acordo com a pesquisadora, “ o trabalho foi desenvolvido com a metodologia de custo operacional criada pelo IEA na década de 70 e largamente difundida e utilizada por várias instituições nacionais e internacionais”. Á princípio, foi apresentado um panorama contextualizando o momento vivido pela atividade; em seguida, Marli Oliveira explicou os parâmetros técnicos utilizados e o sistema de produção utilizado nas análises. 

Na sequência, foram apresentados os componentes do custo e a discussão dos impactos destes nos custos de produção. Após a análise dos indicadores de rentabilidades e avaliação dos resultados em três níveis de produtividade e quatro possibilidades de preços recebidos pelos produtores; a pesquisadora expos as possibilidades de vantagens ambientais e de geração de emprego e renda através do uso intensivo de mão-de-obra. 

Dessa forma os produtores se munem de informações para tomadas de decisões gerenciais que possibilitam ter uma previsibilidade da atividade e principalmente e m situações de crise, acentua-se a necessidade de, pelo lado interno das atividades econômicas, concentrar-se na gestão de custos”, afirmou Marli Oliveira. 

 Em situações como esta, acentua-se a necessidade de apoiar os produtores e disponibilizar toda a expertise da Secretaria seja em relação à pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, à assistência técnica ou a liberação de recursos através das linhas de financiamento do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio), conforme orientação e compromisso do governador Geraldo Alckmin”, afirmou Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento.

Por Nara Guimarães

Mais informações:

Assessoria de Imprensa - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Fone: (11) 5067-0069

saacomunica@sp.gov.br

 


Edição: Diogo Esperante


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Diogo Esperante
Gerente de Projetos pós-graduado pela FEA-RP/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) atua no setor da Borracha Natural a 8 anos e atualmente integra como Analista de Mercado a Equipe de Gestão do Grupo Hevea Forte (heveaforte.com.br). Além de consultor, gerencia a propriedade familiar Fazenda Morada da Prata no interior de São Paulo e em Minas Gerais. Membro da Câmara Setorial da Borracha Natural Paulista, Diretor de Divulgação da APABOR, Diogo preside o Conselho Deliberativo da mesma instituição e escreve quinzenalmente neste espaço.