37% do Brasil é rural e Heveicultura se destaca!

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  • 23/08/2015 14h52
  • São Paulo

Estudo apresentado nesta quinta-feira (20), no Diálogos Condraf, revela: 37% do Brasil é rural. A conclusão é fruto de uma ampliação do conceito de ruralidade no país que, além da questão econômica, leva em consideração o estilo de vida, os valores e o cotidiano das pessoas. Esse número contrapõe aos 16% apresentado pelos indicadores nacionais.

Segundo a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Maria Fernanda Coelho, que participou do encontro, a análise gera uma reflexão sobre a construção de futuro do rural brasileiro. “Essa pesquisa abre uma discussão desse novo Brasil, depois de uma intensificação de políticas públicas para o meio rural nos últimos anos. Esses 37% da população têm a dinâmica de vida voltada para o meio rural. Essa é outra forma de trabalhar as nossas ações”, ressaltou.

A professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tânia Bacelar, explicou a diferenciação que o estudo traz. “O que já faz a gente desconfiar dos 16% de rural, apresentado pelos indicadores, é a quantidade de municípios com menos de 20 mil habitantes no país, que são 70% deles. Um habitante de um perímetro urbano de um município de cinco mil habitantes é tido como urbano. É comparado com o morador de São Paulo, por exemplo. É para isso que estamos chamando atenção, dizendo que o Brasil rural é muito maior do que a sociedade pensa”.

A pesquisa potencializa, ainda, a política territorial. “Quando trabalhamos com territórios nos deparamos com o Brasil real. Isso mostra características importantes. A primeira é que o país é muito diverso, tem seis biomas completamente diferentes . Quando vemos por território, e não o Brasil em geral, as particularidades gritam: ‘Olha, presta atenção, eu não sou Semiárido, eu sou pampa’. Então o território tem uma força muito grande de mostrar pra gente a diversidade real da vida”, realçou Tânia.

A importância da Heveicultura para os Municípios do Noroeste Paulista

Neste contexto é importante destacar a importânciada Heveicultura. Em recente publicação do Instituto de Economia Agrícola (IEA) a seringueira foi destacada como uma das culturas de maior taxa de ocupação no campo. A publicação destaca que a cultura demandada 9,7 equivalentes-homens-ano (EHA) a cada 100 hectares colhidos.

Contudo existem indício que levam a crêr que o número pode ser ainda maior.

No estudo do IEA foram apurados 1 Sangrador para cada 3200 plantas. A densidade de plantas por ha usada foi de 400 ha. Assim concluímos que em 100ha teremos 40.000 plantas. Com 1 Sangrador a cada 3.200 plantas teremos segundo levantamentos do Estudo de Custos um EHA de 12.5 a cada 100ha (40.000/3200 = 12.5).

Note que se ainda somarmos a fração do coletador, tratorista e fiscal o número aumentaria ainda mais.

A heveicultura assim contribui não só com o trabalho no campo mas com toda a economia local gerando renda para os municípios onde que é plantada. Atualmente o sangrador na região ganha, em média, cerca de 35% do faturamento bruto da produção, aproximadamente R$1300,00 por mês (usado as premissas do estudo).

 

Ascom/MDA

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Edição: Diogo Esperante


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Diogo Esperante
Gerente de Projetos pós-graduado pela FEA-RP/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) atua no setor da Borracha Natural a 8 anos e atualmente integra como Analista de Mercado a Equipe de Gestão do Grupo Hevea Forte (heveaforte.com.br). Além de consultor, gerencia a propriedade familiar Fazenda Morada da Prata no interior de São Paulo e em Minas Gerais. Membro da Câmara Setorial da Borracha Natural Paulista, Diretor de Divulgação da APABOR, Diogo preside o Conselho Deliberativo da mesma instituição e escreve quinzenalmente neste espaço.